A noite cai
A
noite cai, nostálgica, sombria,
Triste
como um adeus — por sobre a terra.
Que
funda mágoa, que mistério encerra
Seu
pranto feito da geada fria?
Noiva
do sonho, a demandar um beijo
Erra,
por entre as nuvens, sonolenta;
Segue-lhe
os passos, nessa marcha lenta,
Das
estrelas o pálido cortejo.
Aos
dúbios raios do luar, parece
Uma
viúva envolta em crepes, quando,
Pelo
Ausente adorado, ergue uma prece.
E
eu penso que é minh’alma disfarçada
Em
noite que, no espaço, anda vagando,
Num
manto de agonias rebuçadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário